1. Encerrar imediatamente a RTPN. O canal não faz parte do mandato de serviço público. Não é de acesso universal. Quando foi criado, já existia uma alternativa suficiente e eficaz, a SICN. Neste momento, há outra, a TVI24, bem como o canal de economia do Di ário Económico. A RTPN faz-lhes concorrência desleal. E, principalmente, é uma sobrecarga desnecessária paga pelos contribuintes.
2. Fundir a RTP Internacional e a RTP África num único canal. Como representação do Estado e exportação de Portugal, é sufi ciente. Haver dois canais é uma sobrecarga desnecessária paga pelos contribuintes.
3. Fundir a RDP Internacional e a RDP África numa única estação, fechando uma delas. Como representação do Estado e exportação de Portugal, é sufi ciente. Haver duas estações é uma sobrecarga desnecessária paga pelos contribuintes.
4. Encerrar imediatamente a RTP Memória. O canal não é de acesso universal e não tem utilidade informativa, pedagógica ou estética. A RTP não tem material sufi ciente de interesse e qualidade para um canal destes. E o que tem é mal contextualizado. A RTPM é inútil. Os conteúdos históricos podem alojar-se no site da RTP. A RTPM é uma sobrecarga desnecessária paga pelos contribuintes.
5. Encerrar imediatamente a Antena 3; A estação faz concorrência desleal com estações privadas que existiam anteriormente. A Antena 3 é uma sobrecarga desnecessária paga pelos contribuintes.
6. Encerrar imediatamente a RTP Açores e a RTP Madeira. As razões importantes que levaram à sua criação já não se justificam actualmente. Os madeirenses e os açorianos têm acesso aos mesmos canais que os continentais. A TV alternativa está muito mais disseminada nas ilhas do que no continente. As notícias das regiões autónomas cabem perfeitamente num programa de informação regional de âmbito nacional. A RTP Açores e a RTP Madeira são uma sobrecarga desnecessária paga pelos contribuintes.
7. Encerrar imediatamente a RDP Madeira e a RDP Açores. Pelas mesmas razões. A RDP Madeira e a RDP Açores são uma sobrecarga desnecessária paga pelos contribuintes.
8. Di minuir imediatamente o número de administradores da RTP de cinco para três. Di minuir imediatamente o número de directores de informação da RTP de seis para três e da RDP de seis para três. Fechar imediatamente “gabinetes” e “centros” da RTP, reduzindo-os de 13 para três ou quatro. Fechar pelo menos dez das cerca de 20 “direcções” da RTP e RDP. Só servem para tachos e prateleiras douradas. São uma sobrecarga desnecessária paga pelos contribuintes.
9. Reduzir drástica e imediatamente os gigantescos subsídios de vencimentos da administração, das direcções e de muitas “estrelas” e boys and girls nas prateleiras. Os subsídios são escandalosos e desajustados do mercado. Renegociar os contratos com as “estrelas”, com os “emprateleirados” dourados, com a multidão de directores-gerais e subdirectores-gerais que não servem para nada ou são chefes de dois ou três “índios”. Criar um tecto salarial para qualquer eventual nova contratação. Terminar imediatamente com os contratos que permitem cerca de oitenta Audi a chefes e subchefes sem que haja qualquer razão lógica ou razoável para terem carro de serviço. Proibir em absoluto o uso dos automóveis em fins-de-semana e viagens de férias, incluindo ao estrangeiro. Acabar com os “cartões frota”, cartões de crédito e pagamento de telefones de casa. Não assinar mais duvidosos acordos de assessoria externos. Tudo isto é uma sobrecarga desnecessária paga pelos contribuintes.
10. Começar de imediato a trabalhar para a criação de um bom canal de serviço público, que deverá chamar-se RTP, acabando com a RTP1 e a RTP2. A maioria da programação da RTP1 e da RTP2 é uma sobrecarga desnecessária paga pelos contribuintes.
Olho Vivo Eduardo Cintra Torres in Público (22/10/2010)
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