Tenho-me como uma pessoa forte, optimista, amiga do meu amigo e crente na justiça, quer seja ela mais ou menos esotérica. Sei que é esta a "imagem" que passo e aqueles que me são mais próximos reconhecem-me nestas características. Acredito nos valores e princípios que me foram transmitidos e que fazem de mim a pessoa que sou hoje a tal ponto que desejo conseguir passá-los ao meu filho, acreditando que será um ser humano melhor que eu.
De há uns tempos para cá tenho vivido muitos dissabores e a vida tem-me presenteado com episódios que deixam sabor amargo na boca e vazio na alma, de tão injustos e indignos que são. Associados a eles estão obviamente pessoas, também elas impróprias para consumo. Pergunto-me muitas vezes como é que há gente assim, mas não tenhamos ilusões, existem e conseguem sempre angariar mais para o grupo. É um nojo! Isto leva-me a pensar que como mãe, talvez não fosse pior preparar o meu príncipe para uma realidade de pessoas com quem temos de saber lidar e consequentemente saber ser (também) hipócritas. Tenho em mim que sofrerá menos do que eu, que não estava preparada. Que nojo, mais uma vez!
Lidar com tudo isto não é fácil porque algumas das "pancadas" são realmente fortes e deixam mazelas que apesar de atenuarem com o tempo deixarão definitivamente marcas. A profundidade dessas feridas está directamente relacionada com a resistência que temos à dor dada por outros capítulos que possamos ter vivido e talvez se relacione também com a idade que (dizem) nos vai trazendo sabedoria e outra acalmia para lidarmos com as desilusões.
Quero continuar a acreditar que o dia de Amanhã será sempre melhor, que o Bem vence o mal, que quem faz mal, mal acontece (pode ser em dobro por favor?!), enfim, que a justiça existe e acontece aqui deste lado, se possível comigo a assistir na primeira fila.
1 comentário:
uma vez mais (quando vamos nós poder deixar de repetir estas frases para nós mesmas??): o que não nos mata, só nos faz mais fortes...
Beijos, amiga
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