Ver uma criança morrer. Ser mãe dessa criança.
Não consigo imaginar dor mais profunda, mais dura, mais gritante, mais corrosiva. Dói em mim, dói no meu coração, mesmo não sendo a minha cria(nça).
Estou destroçada com a morte do Rodrigo, o menino com leucemia que fez crescer uma onda de solidariedade incrível mas que não conseguiu encontrar a tempo a cura alternativa à medicina convencional, que a certa altura disse nada mais poder fazer por ele. A doença venceu-o depois de uma batalha cruel e desproporcional. Três anos caramba! Tinha (só) 3 anos... Não consigo deixar de pensar nele, na família, na luta que travaram diariamente, na esperança que alimentaram e depois este desfecho.
Não consigo deixar de pensar em tantos outros "Rodrigos" e revolta-me esta doença maldita, cobarde e silenciosa. Não consigo deixar de pensar que ninguém está livre desta fatalidade e isso assusta-me... muito mesmo.
Viver o presente. Cada dia como se fosse o último e tentar o mais possível ser feliz fazendo os outros, conhecidos ou não, felizes também. Às vezes um sorriso, um pequeno gesto pode fazer toda a diferença na vida de uma pessoa. Estar atento.
Relativizar o que nos incomoda e chateia porque na verdade isso são apenas pequeninas pedritas no sapato, que conseguimos facilmente sacudir e deitar fora.
Agradecer a dádiva que é ter e ver aqueles que mais amamos com saúde todos os dias. (Obrigada, digo baixinho todos os dias antes de dormir). Obrigada...
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