segunda-feira, 22 de agosto de 2011

UM DIA JÁ ESCREVI ASSIM

Num Sopro de Vida

Procuramo-nos desesperadamente nos sonhos
As nossas mãos tocam-se e dançamos
A música envolve-nos por completo
O vazio dos nossos corações desapareceu
As nuvens negras do céu voaram para longe
O vento amainou e a chuva deixou de cair
A tempestade finalmente passou
Com ela foi a ansiedade e o desespero
Que nos consumiam a alma sem piedade
Resta apenas o medo
O medo que nos magoa o peito sem nos deixar respirar
O medo de acordarmos e acabar a magia que nos une
Os nossos lábios tocam-se cheios de desejo
Talvez por quererem por termo a esse medo
Fazes-me uma festa no cabelo
Eu choro de felicidade
Então abraças-me com força
O teu calor acalma-me
O teu cheiro seduz-me
Sorrimos por fim
Uma vontade louca de correr leva-nos até ao mar
Molhamo-nos brincando e acariciando-nos
Até nos deixarmos cair na areia, já sem forças
Tentas aquecer o meu corpo nu que treme descompassadamente
Os nossos olhares cruzam-se e assim ficamos alguns minutos
De repente sentimos alguém que nos puxa...
Não queremos voltar mas não temos força para resistir
Beijas-me violentamente e sinto que nos tornámos um só.

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